A nanotecnologia é um ramo da ciência que permite a manipulação dos átomos e moléculas. Quando fabricamos substâncias com nanometria (a bilionésima parte do metro) menor que 100, acontece a nanotecnologia. Na estética, a manipulação de partículas permite sua redução de tal forma que se tornam únicas, mais precisas e puras, potencializando a qualidade e quantidade de penetração dos cosméticos na pele, pois são mais permeáveis.
Os princípios ativos mais utilizados são as vitaminas A, C e K, por seus efeitos antienvelhecimento. Nas embalagens dos produtos, normalmente consta a composição por nanoesferas ou nanossomas. A nanoesfera deposita o ativo de forma lenta, agindo gradualmente, enquanto o nanossoma se dispersa em meio líquido, sendo depositado de forma fracionada durante a evaporação do líquido.
Recentemente, a nanotecnologia tem se expandido para produtos de tratamento capilar, que vão desde equipamentos ionizadores como chapinhas e secadores de cabelo até shampoos e condicionadores que anunciam hidratação profunda, além de tinturas que asseguram potencial de cor e tratamentos de alisamento que prometem não danificar os fios.
A princípio, a nanotecnologia parece ser algo inovador e milagroso. Porém, existem diversos estudos científicos que contestam a liberação indiscriminada do uso desta tecnologia no mercado. Alguns cientistas alegam que, dependendo do tamanho da partícula, existe a possibilidade de ocorrer uma penetração muito profunda dos ativos, fazendo com que estes permaneçam no organismo por tempo excessivo ou atinja locais impróprios, como uma penetração na corrente sanguínea ou até mesmo que alcance o cérebro ou outros órgãos vitais.
O que mais se comenta no meio científico é a possibilidade de causar modificações no DNA de forma irreversível. Sendo assim, a sugestão é utilizar tais produtos sob orientação de profissional capacitado e consumir cosméticos de empresas idôneas, que possam comprovar a finalidade e o resultado dos produtos.